Ah nós MULHERES que somos metade NORMAL, metade INSANA, como diz num trecho do livro de Martha Medeiros "Toda mulher é doida, impossível não ser, nós nascemos com um dispositivo interno que informa desde cedo que a vida sem amor não vale a pena"

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Por uma vida mais interessante. Para todas nós!

E se eu lhe disser q estou c/ medo de ser feliz para sempre? pergunta ao seu analista a personagem Mercedes, da peça "Divã"
É uma pergunta que vem ao encontro do que se debateu dias atrás num programa de TV. O psicanalista Contardo Calligaris comentou que ser feliz não é tão importante, que mais vale uma vida interessante. Como algumas pessoas demonstraram um certo desconforto com essa citação, acho que vale um mergulhinho no assunto.
"Ser feliz", no contexto em que foi exposto, sgnifica o cumprimento das metas tradicionais: ter um bom emprego, ganhar algum dinheiro, ser casado e ter filhos. Isso traz felicidade? Claro que traz. Saber que "chegamos la" sempre é uma fonte de tranquilidade e segurança. Conseguimos nos enquadrar, como era esperado. A vida tal qual manda o figurino. Um delicioso arroz com feijão.
E O QUE FAZER COM AS NOSSAS OUTRAS AMBIÇÕES?
Não por acaso a biografia de Danusa Leão estourou. Ali estava uma mulher que não correu atráz de uma vida feliz, mas de uma vida intensa, com todos os preços a pagar por ela. A maioria das pessoas lê esse tipo de relato como se fosse ficção. Era uma vez uma mulher charmosa que foi modelo internacional, casou com jornalistas respeitados, era amiga de intelectuais, vivia na noite carioca e, por tudo isso, deu a sorte de viver uma vida interessante. Deu sorte? Alguma, mas nada teria acontecido se ela não tivesse peito. E ela sempre teve. Ao menos, metaforicamente.
Pessoas com vidas interessantes não tem frescuras. Elas trocam de cidade. Investem em projetos sem garantias. Interessam-se por gente que é o oposto delas. Aceitam um convite para fazer o que nunca fizeram. Estão dispostas a mudar de cor preferida, de prato predileto. Começam inumeras vezes do zero. Não se assustam com a passagem do tempo, Sobem no palco, tosam o cabelo, compram passagem só de ida.
Para os rotuladores de plantão... um bando de inconsequentes. Ou artistas, o que na no mesmo.
Ter uma vida interessante não é prerrogativa de uma classe. É acessível a médicos, donas de casa, operadores de telemarketing, professores, fiscais da receita, ascensoristas. Gente que assimilou bem as regras do jogo(trabalhar, casar, ter filhos, morrer e ir pro céu), mas que, a exemplo de Groucho Marx, desconfia dos clubes que lhe aceitam como sócio. Qual é a relevância do que nos é perguntado numa ficha de inscrição, num cadastro para avaliar quem somos? Nome, endereço, estado civil, RG, CPF. Aprovado. Bem vindo ao mundo feliz.
Uma vida interessante é menos burocrática, mas exige muito mais.

Desconheço o autor desse texto maravilhoso, que diz exatamente o que penso sobre essas "regras" pq todo mundo pra "ser feliz" tem que fazer exatamente essa escala ( nascer, crescer, casar, ter filhos, morrer) se isso é felicidade para uns, pode não ser pra outros, nós não somos todos iguais, temos sentimentos diferentes, sonhos, objetivos diferentes, pq as pessoas que não se enquadram nesse protótipo de felicidade são logo taxadas de infeliz? eu não concordo com isso.
Seja feliz da maneira que te faz bem, como saber? escute sua intuição, a voz da sua alma, ela nos diz, mas nós estamos tão acostumados a ouvir nossa mente,que não a escutamos, preferimos seguir os protótipos do que a SOCIEDADE diz ser "FELICIDADE", e se formos por esse caminho com certeza seremos pessoas frustradas, que ao olhar para traz , vai ver que seguiu os moldes, bancou o "bonitinho" pros outros mas FERROU com a própria vida.

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